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Composição de Custos: Estratégias para Reduzir Gastos em Obras

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A composição de custos é um dos pilares mais críticos para o sucesso de qualquer obra. Seja em projetos residenciais, comerciais ou industriais, dominar essa técnica garante que você evite desperdícios, otimize recursos e entregue resultados dentro do orçamento. Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre o tema, com exemplos práticos e insights valiosos para profissionais do setor.
A composição de custos é um método utilizado para detalhar todos os gastos envolvidos em uma obra, desde materiais até mão de obra e equipamentos. Imagine que você está construindo uma parede: não basta saber quantos tijolos serão usados. É preciso calcular o cimento, a areia, o tempo dos pedreiros, o aluguel de betoneiras e até o custo indireto, como a gestão do projeto.
Essa técnica permite que você quebre o projeto em partes menores, atribuindo valores precisos a cada etapa. O objetivo? Evitar surpresas financeiras e garantir que cada centavo seja justificado.
Antes de começar, entenda exatamente o que será construído. Uma planta baixa detalhada, especificações técnicas e prazos são essenciais. Por exemplo: se você vai construir um galpão logístico, liste todas as etapas — fundação, estrutura, cobertura, instalações elétricas.
Faça um levantamento de todos os materiais. Para concreto, calcule o volume necessário (em m³) e multiplique pelo preço do mercado. Não esqueça de incluir perdas (cerca de 5% a 10%, dependendo do material).
Quantos profissionais serão necessários? Um pedreiro leva, em média, 8 horas para assentar 1.000 tijolos. Use dados do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) para embasar seus cálculos.
Aluguel de caminhões-munk, betoneiras ou andaimes deve entrar na planilha. Um erro comum é subestimar o custo-hora desses equipamentos.
Limpeza, segurança do trabalho, gestão de resíduos e administração do canteiro representam cerca de 10% a 15% do total da obra.
Imprevistos acontecem. Reserve 5% a 7% do orçamento para cobrir eventuais ajustes.
Softwares como Sienge, TOTVS e OrçaFascio automatizam cálculos e integram dados de fornecedores. Um estudo de 2023 mostrou que construtoras que usam essas ferramentas reduzem erros em 40%.
Uma empresa de médio porte em Minas Gerais revisou a composição de custos de um condomínio residencial e identificou que 8% dos gastos estavam em transporte de entulho. Ao negociar um contrato fixo com uma transportadora, reduziram esse custo em 35%.
Qual a diferença entre composição de custos e orçamento?
A composição detalha cada item; o orçamento é o valor total consolidado.
Como calcular a depreciação de equipamentos?
Use a vida útil do equipamento. Ex: Uma betoneira de R$ 20.000 com vida útil de 10 anos tem depreciação anual de R$ 2.000.
Dominar a composição de custos não é só sobre números — é sobre prever riscos, negociar com fornecedores e garantir que sua construtora opere no azul. Comece aplicando os passos deste artigo em seu próximo projeto e comprove os resultados.